Os sinos, as casas compunham
o tempo, sem eira nem beira
pedaços de nós, de feiras;
fornadas de pães.
Pudessem, indagariam o vento;
reivindicariam os meios;
rasgariam as folhas.
As palavras silenciam,
mas não adormecem.
Lou Vilela
quem chorará meus mortos
[perquiriu o personagem de patins
sobre a via esburacada]
quando me couber sorrir?
quem chorará a relva
atrasada no caminho?
os apressados a pisoteiam
os aluados a referendam [mas não cuidam]:
uma relva estática na folha
simbolizará o mundo?
quem chorará meus mortos
temporais do absurdo?
Lou Vilela