.
O último bonde, Sandra Nunes
O tempo impreciso, necessário
Anda às voltas – turbilhão;
Deixa rastro de estrelas
Todas idas nalgum bonde
Caleidoscópica estação.
As cidades iluminadas
Mais parecem lá do alto
Liturgia, profissão;
Arrebentam todo dia
Os que acordam em romaria:
Bando de arribação.
Ecoam pelo sagrado
Medos, martírios, brinquedos
Marionetes de colisão:
Há na fugacidade
Uma gente dissonante
Passos simples, claudicantes
Que se vinca em contramão.
Lou Vilela
* Ainda estão tentando me consertar, por isso a ausência. ;-) Um forte abraço a todos!
.