segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

alguns passos...

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Olá a todos!

Para quem gosta de contos, hoje estou no Maria Clara com o texto "Orgia". Pois é, de vez em quando enveredo  por outros gêneros textuais (de forma arredia) . rsrs

Mais uma vez tem texto meu no site da Editora da Tribo. - Coisa boa! ;) Para prestigiar  um dos poetas com o seu voto, é só clicar aqui

Um grande abraço,
Lou
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Poema para encontros

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E assim acentua-se
Cada passo:
Uns largos, outros lassos...
Nós
Enlaçados
Noutro espaço:
Gigantes!

Lou Vilela




* À querida poetisa Elza Fraga. O poema surgiu de uma conversa nossa no facebook.
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

(Re)fluxo

Arte Fátima Queiroz


A palavra almeja, conquista
Ignora a lei da usura
Estampa nas caras, tritura
Apolos, apelos, a cura
A palavra mistura – recicla
Língua aguerrida
Curita
Traspassa o globo, cultu(r)a
Cega de um olho
Orbita
A palavra irrompe, esquerdista
(Des)conserta  sob auspício
Saliva, veneno de cobra
Refaz-se soro ofídico
A palavra impõe-se laço
Margeia, forja Spaço
Mergulha, cabe-se abismo
Fogueia, cumpre-se ato
A palavra lambe (e-)mundos
(Re)fluxo, expande segundo
Corrompe flores de aço
Cavalga até moribundo
A palavra pppppulsa.

Lou Vilela
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Gondoleiro do amor

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Silêncio2, foto do baiano Adenor Gondim.  
 Comunidade Quilombola, Rio Trombetas - Pará. 
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Gondoleiro do amor

Singram, poeta d'outrora,
Tuas cores: (a)mares, amoras.

Lou Vilela



* Em reverência ao poeta Castro Alves.

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Zonas baixas*

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Traduza-me num tango
Maldito
Sela-me a boca

O não dito escorra
Falo entre coxas

Lou Vilela






* "O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires". (Disponível em http://tangobh.br.tripod.com/historiatango.htm. Acesso em 16/02/11. Grifo nosso.)


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domingo, 13 de fevereiro de 2011

À procura da poesia

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Amontoei palavras.

Passado o tempo, a(r)risco:
Subtraio sentimento
Imprimo pretenso olhar universal.

Enceno melodia, conceito
(des)Construo, dantesco
Um ou outro ritual.

Sou isto, aquilo
Filho de cada
Loucura, exílio;

Ponto, partida, porrada
Soma, resto
Bosta, quase nada:

Palavras
Amontoadas palavras
Nada a mais.

Não, não tenho a chave.

Lou Vilela

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* Em intertextualidade ao poema “Procura da poesia”, de Carlos Drummond.

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

À queima-roupa

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Francisco de Goya, Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808.


Na expressão de um Goya
o teu/meu retrato:

um tiro escapou
certeiro.

Lou Vilela

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Na lonjura de um poema



Gostava da seiva, teu corpo 
arvorecido onde o sol 
em areia crepitava.

Lou Vilela



* Poesia para os pequenos grandes seres: "Ritmos e rimas".

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cartesiano

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M. C. EscherDrawing hands



caducam metáforas
e seus dedos longos
horas pintam

branco no preto
às mãos excitam
e movem

Lou Vilela

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Preto e branco

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Clique na imagem para ampliá-la.


* Escrito em intertextualidade ao poema "Rostos - modos de criar retratos (13)", do artista plástico e poeta Marco Antônio Soares da Costa (Marcantonio).

** Arte sobre fotografia, Lou Vilela. Imagem original "Por-do-Sol no sertão", de Kalila Pinto.

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Nada cala

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Maria Rafael - O Som do Silêncio 1, acrílico e óleo sobre tela



Porque calas a sede
Já te denunciam
Trôpegos passos.

Subjugas (su)jeito
mudo.

Lou Vilela
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Discurso da carne

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entre as pernas, o ópio
(insana paixão);
no corpo, lilases.

na cama, o silêncio:
ressaca, um molho
de chaves.

a trama arrebenta
[união sem placenta]
discurso da carne.




“Homicídios de mulheres fazem parte da realidade e do imaginário brasileiro há séculos, como mostra variada literatura [...]. Depois de trinta anos de feminismo, que impôs à sociedade o "quem ama não mata" como repulsa ao assassinato justificado pelo "matar por amor" e de consistentes mudanças na posição socioeconômica e nos valores relativos à relação homem x mulher, como explicar que crimes de gênero continuem a ocorrer?” (Blay, Eva Alterman. MULHER, MULHERES: Violência contra a mulher e políticas públicas.  SciELO  Brazil. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300006. Acesso em 31/01/11).

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